Ainda no início da gravidez, eu não sabia muito sobre segurança no transporte dos bebés. Apenas tinha ideia de que deveriam, preferencialmente, ser transportados no banco de trás do automóvel e voltados para trás até 1 ano de idade.
Por volta dos 5 meses de gravidez, tive oportunidade de assistir a uma palestra sobre segurança infantil, realizada pela APSI (Associação para a promoção da segurança infantil). Nunca mais me esqueci de uma ideia que a pediatra palestrante quis deixar nesse dia "é mais segura uma cadeira das mais baratas viradas para trás, do que uma xpto, virada para a frente".
Na verdade, noto que no mercado não há cadeiras que permitam rear facing até por volta dos 4 anos e, que sejam propriamente baratas (mas isso também já depende da carteira de cada um). Felizmente cada vez há mais oferta.
E afinal em que se baseia a importância do rear facing?
As colisões frontais são as que provocam acidentes automóveis mais perigosos. Relacionados com velocidades mais altas e onde estão em jogo maiores forças. Nesta situação, com uma ciança virada para a frente, os seus ombros e tronco ficam seguros pelo cinto de segurança, mas a cabeça e pescoço são violentamente lançados para a frente, aplicando uma grande pressão na coluna vertebral ainda em desenvolvimento. Para além disso, a fragilidade da caixa torácica de um bebé, com a pressão dos cintos de segurança, pode levar a lesões nos órgãos internos.
Quando virada no sentido contrário da marcha, a criança vai contra toda a parte de trás do assento, ao longo do qual sao distribuídas todas as forças do impacto.
http://www.rearfacing.co.uk/facts.php
Numa cadeira voltada para a frente, o pescoço do bebé é submetido a forças equivalentes a 300-320kg, enquanto que com uma cadeira em rear facing, a força é equivalente a 50 kg.
As crianças não são pequenos adultos. A cabeça do bebé é proporcionalmente maior e as vértebras cervicais e as costelas são muito delicadas.
Por todas essas razões, é 5 vezes mais seguro para uma criança, viajar em sentido contrário à marcha. Segundo a Academia Americana de Pediatria, crianças até aos 2 anos, transportadas no sentido contrário têm menos 75% de probabilidade de sofrerem lesões num acidente automóvel.
Para muitos pais, a posição das pernas e o espaço limitado para as mesmas quando uma criança viaja para trás até aos 4 anos surge como uma preocupação.
Contudo, segundo Ben Hoffman, reconhecido especialista em prevenção de lesões pediátricas, "Numa cadeira em rear facing, a probabilidade de sofrer lesões nos braços e pernas durante um acidente de carro é menos que 1 em 10000" e "virados para a frente, braços e pernas são projectados, ficando mais propensos a lesões".
Exposto isto, na hora de trocar o ovo por uma cadeira, tenha em atenção se a mesma pode ser usada contra o sentido da marcha e até que limite. Opte por uma cadeira que o permita, pelo menos até aos 18kg. No Facebook pode encontrar o grupo Movimento Viagem Segura - REAR FACING AUTO onde se trocam informações e experiências sobre várias cadeiras existentes no mercado.
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